domingo, 1 de março de 2009

Corrida x passada certa




Olá queridos amigos... Hoje ao correr em meu longuinho matinal, lembrei-me da técnica da passada. E desejo compartilhar com vocês. Lembro que são opiniões de um atleta amador e gostaria que servissem para pensarmos e compartilharmos nossas experiências (não esqueçam de comentar).

O treino foi no Parque Barigui, 15 km em 1:20h., três voltas de 5 km cada, e no percurso, lembrei-me de um artigo que li há algum tempo atrás, não me lembro a fonte, mas dizia que quando os africanos, que atualmente lideram as corridas de resistência, começam a correr, o fazem descalços, assim, aprendem a tirar o impacto dos calcanhares (já que não tem amortecimento), correndo nas pontas dos pés, ganhando mais impulso e consequentemente alguns segundos por km, que fazem a diferença no final da prova. Faz sentido.
Pois bem, tentei seguir o conselho, mas não é muito fácil não, ainda mais quando você já acostumou-se a um tranco de corrida com uma determinada forma (corro pisando primeiramente com o calcanhar, depois a planta do pé). Senti que ao correr com a ponta do pé, realmente fica mais fácil de aumentar a distância da passada, porém o corpo desloca-se um pouco mais para frente, e assim, força um pouco mais a tíbia (osso da canela) e o joelho. Ou seja, fica mais fácil, ou propenso de contrair uma lesão tibial (famosa canelite) ou algum dano ao joelho, tão delicado e necessário à nossa corrida.

Resumo da ópera, no fundo da minha simples e pequena experiência, acredito que o correto seja correr com uma passada, leve, suave e harmoniosa, procurando amortecer cada toque no chão, sem inclinar-se tanto para frente nem deixar todo peso para o nosso calcanhar. Ainda, que o termômetro se pudermos assim falar, seja o barulho da passada ao tocar no chão, assim, quando você corre e seus passos fazem um barulho que pode ser notado, algo está fora do normal. SUAVIDADE é a palavra chave.
Comecei então à reparar o estilo do outros corredores. Alguns parecem filhos de canguru, gastando toda sua energia em impulso, acima, meio que triangular, outros dão cada porrada no chão, com calcanhar e pé inteiro, que não devem ter mais juntas ou partes flexíveis inteiras. Já, os que aproveitam mais o movimento são os que não elevam muito o pé ao executar a passada, não dão o pulo ao trocar de pé, e caem com o pé, digamos que "chato", ou melhor ilustrando por meio de palavras, plano no chão, diminuindo o impacto da chegada e aproveitando o movimento para impulsão (relembrando as leis da física, diminuindo o desgaste de energia, podendo rodar mais).

Bom, fiquei curioso e vou me aprofundar no assunto. Mas acredito que estejamos no caminho certo. Espero ter ajudado, vou aguardar os preciosos comentários, pois a experiência pessoal também é valiosa, agradeço os elogios do post passado e vamos trabalhar para melhorar cada vez mais a qualidade dos assuntos aqui abordados.

Um abração, saúde e bons treinos à todos os que nos acompanham. Tuco

8 comentários:

  1. Grande Tuco, só inovando hein, Parabéns pelo treino, olha então eu e vc temos a mesma passada eu corro também colocando 1º o calcanhar e rolando o pé, bom essa técnica de correr nas pontas dos dedos ajuda, mais tem que treinar antes bastante pq como vc mesmo falou pode dar lesão, o treino melhor seria vc fazer uma boa base usando esse recurso para depois por em prática.
    Valeu amigo boa semana e bons treinos.

    Um abraço,

    JORGE CERQUEIRA
    www.jmaratona.blogspot.com

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  2. valeu !!!! isso aeh !!!
    abração e bons treinos

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  3. E ai Tuco!!!
    ótimo post!!!
    realmente, tenho visto que a melhor passada, é quando não usamos o calcanhar, pois além de realmente aumentar o impacto, ele da uma "freada" no ritmo (devido a linha do corpo e seu centro de gravidade). Pisando sem o calcanhar o impacto para as articulações são menores, pois como vc não está com a perna estendida ou esticada, o impacto não reflete nas articulações e sim nos músculos, pois com a perna semi-flexionada quem trabalha para segurar o impacto são os músculos, porisso um ótimo trabalho para melhorar a corrida é a pliometria, que em breve estou querendo postar sobre o assunto!!
    abraço!!!

    maurocavanha.blogspot.com

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  4. Acho que o melhor seja pisar como vc fez, primeiro com o calcanhar.
    Acho que na ponta do pé há um esforço no joelho tb, não?
    Abs.

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  5. Oi, Tuco:
    Eu também não sei ao certo como devemos pisar para melhorar a performance. mas, com certeza, sei o que não devemos fazer para nos lesionarmos. O meu treinador sempre pediu para que pisássemos com o calcanhar primeiro e rlar o pé até a ponta, impulsionando o outro pé para o mesmo movimento. E somente nos tiros e subidas, fazer a pisada com a ponta dos pés. Falar é fácil! O difícil é fazer! Rsrsrs.

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  6. Na minha opiniao de amador, acho que cada um tem um passada natural, não se aprende a correr. O máximo que dá para fazer é controlar a cadência e a largura da passada, para momentos específicos, mas acho que naturalmente encontramos a combinação certe para economizar energia na corrida.
    Abraços,
    Carlos Steiner

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  7. Assunto interessante e polêmico.
    Esse lance de pisar com a parte frontal do pé, até Mark Allen estudou e aplicou em seus treinos e competições após ver os atletas quenianos treinarem.....
    Sandro Warich

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  8. Olá!
    Muito pertinente esse assunto.
    80% das pessoas correm como nós, com o calcanhar 1º.
    20% correm na ponta dos pés. E ese grupo tem, (isso já foi devidamente registrado e esse dado é aceito entre profissionais da área) um histórico muito menor de lesões. Por isso alguns treinadores até exigem que seus atletas adaptem a pisada. Detalhe. Quando se corre sem proteção, com os pés nus, naturalmente, se corre na ponta do pé para evitar o impacto no calcanhar. Esse é, no ponto de vista de uns, o modo "natural" do homem correr, pois o natural é que corrêssemos sem tênis. 2009 foi um ano ruim para mim, foi o primeiro que tive lesões pela corrida, mas foram várias. Em 2010 estou tentando mudar minha pisada para fazer um teste prático. O maior obstáculo, no meu ponto de vista é que reaprendendo a pisar tenho de abrir mão das marcas conquistadas, pois com o novo modo de correr corro mais devagar e por menores distâncias, por enquanto. E isso ainda me faz pensar em desistir e comprar um tênis porreta que faça o trabalho sozinho. Espero poder continuar.

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