domingo, 6 de setembro de 2009

Feriadão....

Li duas matérias interessantes neste final de semana e resolvi compartilhá-las com meus amigos.
Foram retiradas da revista Vo2 deste mês e me fizeram dar uma boa refletida sobre treinos, foco e motivação. Acredito que farão muito bem a quem puder ler. Abração á todos!!

Texto Motivador I - O amador da Elite.

" AS DESCULPAS PARA DESANIMAR SÃO SEMPRE MAIORES E MAIS FREQUENTES. ENTÃO, NÃO PENSO MUITO. ACORDO, PEGO MINHA BIKE E VOU PEDALAR. PRONTO."

"O ciclismo e a minha vida já estão integrados faz tempo. O topo de uma montanha não é uma vitória esportiva, é uma vitória pessoal. Adoro desafios. Eles são minha motivação. Quando criança, momento em que a bicicleta entrou em minha vida - e na vida da maioria das pessoas - sempre me desafiava ir além. Meu primeiro emprego foi de entregador. Lógico, fazia isso de bicicleta. Escolhia as subidas mais difíceis e tentava chegar cada vez mais rápido. Isso me fez melhor.
Quando jovem, sonhava com o dia em que pedalaria na Europa. Não me tornei um profissional. Treino todos os dias com a paixão de um amador e há dois anos faço parte da equipe Tecnoval. Há dois anos viajo como conidado de miha equipe para competir na Itália e na França e volto com bons resultados. è o melhor exemplo de que é preciso sonhar nesta vida. Por mqis que pareça impossível, tem que acreditar.
Infelizmente, viver do ciclismo é quase impossível. Tive que me afastar dos pedais durante a faculdade. è poca em que trabalhei e estudei. Formei-me em farmácia e logo montei uma drogaria pra mim.
Uma coisa é certa, em farmácia só vai quem está doente. è um ambiente estressante. A pessoa chega lá desanimada com a doença e com o fato de gastar com um tratamento. Enfim, logo vi que precisava de um esporte para me desestressar.
Em 2005 voltei a pedalar. Apenas treinando empiricamente não iria muito longe. Sempre adoecia. Encontrei a assessoria BR Sports e acho que fui muito feliz nesta escolha. Trabalhando das 8h as 20h, preciso sair de casa as 5:30h para pedalar, voltar, tomar banho e correr para o trabalho.
Hoje, treino em média 2h, 2:30h por dia. Faça chuva ou faça sol. Nem preciso dizer como é difícil sair de casa nestes dias frios. Mas não me permito falhar. As desculpar para desanimar serão sempre maiores e mais frequentes. Em poucos momentos você encontrará algo realmente motivador. Então, não penso muito. Acordo, pego minha bike e vou pedalar. Pronto.
O ciclismo, para mim, é o mais difícil dos esportes. O resultado demora muito para aparecer e quando você acha que está muito bem, vem 20 adversários e chegam melhor que você nas provas.
Além disso, é preciso ter sempre uma dieta e um cuidado com o peso, com a recuperação. O apoio da família é sempre muito importante. Minha noiva, por exemplo, sabe que no final de semana de prova, o sábado está comprometido e o domingo também, pois tenho que descansar.
Como farmacêutico, tenho acesso a tudo. Apesar das brincadeiras de amigos, mantenho-me distante das drogas do ciclismo. Meu conhecimento e minhas experiências com clientes deixam muito claro os problemas de quem opta por este caminho. Uma nutricionista me ajuda com a dieta e com os suplementos - uso basicamente maltodextrina - e meus exames de sangue demonstram um nível normal de hematócrito.
Quem apela para as drogas não consegue se manter em alto nível por muito tempo. Se tenho os títulos paulista e valeparaibano de resistênica 2008, isso é fruto da minha consistência. Nem sempre eu ganho, mas estou sempre entre os melhores.
Nos dois últimos anos tive a chance de competir em provas internacionais, convidado pelo patrocinador da equipe que integro, a Tecnoval. Fui o melhor brasileiro no último L'Etape do Tour. Mas sem dúvida, o que mais me marcou nesta etapa foi a paixão dos europeus pelo ciclismo. Ver os freanceses nas ruas, naquele dia de temperatura fria, aplaudindo os amadores foi sensacional.
E pensar que as pessoas que encontro na rua enquanto pedalo, muitas vezes me xingam, e pensam que não tenho nenhum compromisso. Que eu sou um á toa, atrapalhando o trânsito. Quanta diferença.
Sou um ciclista com bom desempenho nas subidas e que se defende bem nos sprints. Neste ano fui o 84º entre os 9.000 participantes da Maratona dles Dolomites, prova amadora disputada na Itália. Semanas antes, em uma cronoescalada no Passo Pordoi, com 9,5km, fiquei em segundo na minha categoria.
Se vale a pena tanta entrega? Claro. Fui picado pelo bichinho do ciclismo, como dizem meus amigos. Senão, não chegaríamos de uma viagem de avião de 12hs e iríamos para Interlagos, alinhar para a 9 de julho. Isso é paixão pura!!!"

Emerson Gomes Ferreira - 24/10/78
Para a revista Vo2.

Texto motivador II

" Os ciclistas que deixaram seu nome na história do esporte sempre foram atletas de características extraordinárias, que os colocam na frente de seus oponentes. Vou citar como exemplo Miguel Induráin. Desde as categorias de base, os médicos falavam que ele possuía o dobro da capacidade de recuperação dos outros corredores. Em comparação a nós, se pedalássemos juntos durante dez dias, o desgaste dele era de apenas cinco dias. E, recuperando-se muito rápido, é evidente que sua qualidade física é melhor.
Mesmo que tenham alguma capacidade rara para o pedal, entretanto, estes ídolos também são extremamente dedicados e concentrados, sempre com pensamento positivo e muita determinação. Dizemos que eles tem saúde de ferro, mas não é só isso.
O italiano Mario Cipollini é outro bom exemplo. Por mais que ele, merecidamente, tenha fama de playboy, pois gostava de ir a boates e de aproveitar a vida social agitada, não deixava de estar, todos os dias, em cima da bike as 6h, fazendo um trabalho duro e extremamente produtivo. Ele sabia como estar na mídia, mas também treinava muito para ter o nível que tinha.
Assim, você percebe que todos tem os mesmos princípios para serem campeões. São corredores dedicados e com garra. Eu me lembro que um dos meus colegas de pelotão, Eric Caritoux, sempre dizia: - Na hora da dificuldade é que você vê o caráter das pessoas - ou seja, quando a situação aperta é que você vê quem é capaz de entender as dificuldades e fazer a diferença.
Como no dia em que, antes de uma prova, eu falei pra ele que estava com dor nas pernas. Cariloux disse que sempre estava com este tipo de dor. Ou seja, o que ele quis me dizer é que a dor nas pernas era consequência daquilo que nós fazíamos e que não devíamos ficar melindrados. Ele sempre teve dor nas pernas por causa das corridas, mas sempre soube dar seu melhor, independentemente de qualquer desconforto, como os melhores ciclistas.
Outra coisa que não escapam é dos dias difíceis. Como estamos acostumados a vê-los sempre vencendo, quando eles têm resultados ruis, passam despercebidos. Mas, como acontece com qualquer pessoa eles se sentem mal por não terem alcançado o objetivo desejado e também passam por dias em que se sentem fracos e não conseguem apresentar seu melhor desempenho. O que é difícil para você, para eles é tão difícil quanto.
Quando convivemos com os grandes nomes da história do ciclismo, percebemos duas coisas: que eles são atletas que tem um talento especial, por isso se sobressaem em relação a outras, mas também são pessoas normais.
Um dos meus bons companheiros, que me ensinou muito e com quem mantenho uma grande amizade, foi Marc Madiot, que hoje é diretor da Française des Jeux. Nós conversávamos muito sobre automobilismo e ele sempre brincava falando que achava as brasileiras muito bonitas e que eu devia lhe apresentar algumas. Mas ele também era uma pessoa extremamente determinada na sua vida pessoal, tanto que conseguiu montar uma equipe de ciclismo - tarefa difícil, pois não é qualquer um que convence um patrocinador a dar 30 milhões de euros para cada temporada.
Tudo que eu faço hoje, o meu jeito de ser, de pensar e conduzir minha vida, tem relação com o que vivi no esporte. Foi uma grande escola da vida, que eu uso no meu dia a dia. Grande parte do que aprendi veio da convivência com estes atletas, em que eu aprendi a me questionar, mas sempre acreditando na minha capacidade."

Mauro Ribeiro - Técnico da Equipe Flying Horse Caloi Unilance de Ciclismo e da seleção Brasileira de Estrada. (Revista Vo2)

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Edge 500 da Garmin


De olho na tendência de substituir carros por bicicletas, a Garmin acaba de apresentar o seu Edge 500, um GPS feito especialmente para ciclistas.

Por isso mesmo, ele empacota uma porção de características bastante empolgantes para quem prefere a vida em duas rodas. Além da posição, o dispositivo indica velocidade, distância percorrida, elevação e (até) quantidade de calorias queimadas. Para completar, ele pode ser conectado (sem fios) a outros dispositivos, como medidor de batimentos cardíacos.

Ele deve chegar ao mercado americano em 23 de setembro pelo preço de 250 dólares. Está aí uma ótima companhia para os ciclistas que decidirem se aventurar nas nova ciclofaixas da cidade.

TC PROJETO TRIATHLON© Por Fabiano Tuco. Visite também o Correndo na Chuva.

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