segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Maratona de Curitiba 2009 - Como foi minha estréia!

Domingo, 22/11/2009, 5:45 da manhã, o alarme toca e eu penso – é hoje!!! Acordo, tomo um banhão para despertar e um bom café, preparo minhas tralhinhas (chip, gel, água, etc) e sigo para o Centro Cívico. Mistura de frio na barriga, com aquele sentimento de não sei o que vou encontrar pela frente, do desconhecido. Será que eu supero ou ele me engole? Falei pra minha fiel parceira que ficaria no apoio:

Objetivo número 01: Completar a prova em aproximadamente 04 horas.
Objetivo número 02: Não caminhar.
Objetivo número 03: Completar a prova do jeito que der.

Definidos os objetivos, chegamos ao local da prova. Ouvi uma turma conversando que a largada da prova seria as 7:30. Olho para frente e vejo a mulherada correndo. Caramba, já foram? Apressei o passo na certeza de que a largada era as 8:00h. Mas poderia ter me enganado – não me enganei, era as 8:00 mesmo, mas que a gente pensa pensa... É a adrena. Dei uma passada na tenda da BPM (minha assessoria), e na dos Corredores de Rua de Curitiba para ver os amigos.

Me despedi da Cil com um longo boa sorte e me alinhei para a largada. Vários amigos, abraços, cumprimentos, previsões e brincadeiras para quebrar o gelo – largamos!!!

Aquela muvuca toda, e o primeiro km foi fechado em 6`. Não era isso que eu queria, mas tinha mais 41 para tirar a diferença. Achei vários amigos, inclusive o Miguel e sua turma, da equipe BALEIAS, o Walter, alguns colegas de blog, incusive o Luís (depois me passe seu e-mail para mantermos contato), quebra esquina daqui, sobe dali, sobe novamente e seguimos firmes. Achei um amigo que me incentivou a praticar esportes, logo no início de tudo, agradeci pelo seu apoio e por estarmos ali correndo juntos naquele momento, coisa que eu não imaginaria de forma alguma há dois anos atrás... Espero repassar isto para alguém.
Segui ao lado do meu amigo Alberto, no seu ritmo, que previa fechar a prova em 3:50:00h. Mas o garotinho estava envenenado e eu preocupado em me manter para não quebrar. Sumiu na muvuca, não deu pra mim. Passamos pelo Museu Oscar Niemeyer e no Km 06, retornando pela Cândido de Abreu, vi a Cil novamente, á postos para as fotos, dei um oi e segui tentando encaixar meu ritmo. Passei alguns, fui passado por outros, conversa daqui, dá um grito dali e não achei ninguém no meu ritmo. Pensei comigo, porque era tão difícil achar alguém para correr junto? No km 11-12, após a descida da praça do Japão e da desistência de Adriano Bastos (ainda não sei o motivo) encontrei a Cil novamente!!
Ah, e a previsão do tempo que era de pancada de chuva?? Nem protetor solar eu passei!!! E o sol saiu rachando... Quente demais!!! Água pra dentro, água na cabeça, gel (tinha um pouquinho na cabeça sim sr, Pablo Bravo!!! Heheheheh – mas este era do outro.) e seguindo em frente. Amigos no caminho, vários pontos de hidratação – cada 3km – a água as vezes gelada, outras não. Achei alguns amigos do RJ, POA, DF, amigos do orkut e fomos interagindo, correndo cada um no seu ritmo. Mas foi uma corrida totalmente diferente, tentando concentrar num ritmo uniforme, não na velocidade.
Os motoristas estavam como pit bulls, irritados, bravos, buzinando e sem paciência. Isto era lugar comum em todas as esquinas.Agrada-se uns e desagrada-se outros. Cil de novo, aproximadamente no km 17, foi uma surpresa, pois estava fora do combinado,me trouxe uma garrafinha com malto geladinha e me fui....
Km 21... Metade da prova... 1:55`h baixos. Feliz achando que estava dentro do tempo previsto. Sossegado, inteirão e com vontade de fazer pipi!!! Me escondi atrás da ambulância e fogo!!! As esponjinhas com água acabaram e o calor estava me acabando. Realmente uma maratona não são duas meias, lembrei-me disso no Km 25 – onde a minha fasceíte avisou poderia me atrapalhar. Começou o pepino. O que animou um pouco foi um sr com uma mangueira dando banho na galera!! Devia ter uma câmara para registrar. Muito legal, todo mundo pedindo bênção pra ele, molhando a cabeça, tomando banho!!
Pensei comigo, como alguns reclamam e outros ajudam? Apoio constante nas ruas, palmas, alguns moradores com bala de goma, água e torcida organizada cantando parabéns (isso mesmo – parabéns pra vc...)!! Show!! Você sente-se importante!! Huhaihaiuahauuiah!!!
Fasceíte dá lembranças novamente e eu aproveito para caminhar um pouco... Já pensava neste momento somente no objetivo número 03, porque a partir do começo da dor, achei que teria que abandonar a prova não muito a frente. Uma bolha em cada dedão e segue o baile! Nem que estourem!!
Achei a Cil novamente, perto do Shopping Palladium, dei um teco na malto, comi um pedaço de uma power bar, e segui... Mais uma subida, outra descida... Poucos trechos planos e eu só pensava em terminar... Km 28 - o motor bate - náuseas, tontura, sei lá o que que deu, pois estava tomando o gelzinho cada 30, 40 minutos, me hidratando e me refrigerando perfeitamente.... Sei lá se o psicológico contribuiu negativamente neste momento, pois meu recorde de rodagem era 28k (em um ritmo menor logicamente e em terreno mais plano). Concentrei passada e respiração e fui, Minha água acabou rapidinho, e perto do Km 30 havia distribuição de frutas. E cadê a água? A menina me fala que só no Teatro Paiol. Deveria dar uns 5km a frente... Me desesperei, bateu o desespero! Não havia casas, nem torneiras, nem nada aberto... Só portas de lojas fechadas, e eu nem me liguei que logo a frente havia um posto – fechado, mas tinha torneira né? Molho a cabeça e reabasteço meu squezze. Caramba, como a falta d’agua neste momento faz o cara pirar. E o pior, não fui só eu!! Imagine quem comeu banana, misturada a sede e sem água pela frente, debaixo daquele solão. Bom, para ter idéia, a Cilmara comprou quatro garrafas d’agua e distribuiu todas antes do km 31 para o pessoal que estava mal bem ali neste ponto... Antes de eu chegar. Um sr desmaiou na sua frente. Achei-a novamente no km 31. Pensei em desistir. Muita gente caminhando, um senhor passando mal e a ambulância não chegava, que rolo. Tomei uma coca e revigorei!! Peguei meu fone de ouvido do bolso do cinturão encaixei e fui... Caramba, o som e a coca e a Cil me revitalizaram!!! Comecei a encaixar o ritmo novamente, passar a turminha e ter confiança... A dor no pé e no ombro foram embora de vez, após um relaxante muscular. Subida ( a maioria caminhando), descida, mais uma subida forte perto da Metrosul e do TRE e me fui... Perto da rodoviária, um apoio especial da turma do CRC, que acompanhavam os amigos, foi fundamental. E em poucos instantes o sol some e o tempo nubla. Garoa, trovões e uma pancada forte de chuva. Daquelas que chegam a arder no lombo. O meu tempo já tinha ido pro brejo. Km 38, subida do viaduto do Capanema, com chuva, vento e trovoadas... Eu dei risada!!! É o batismo. Lembrei da meia de Foz. Entrei na Visconde, ritmo bom (para aquela hora – excelente) dobrei a esquina e lá na frente um menino segurava a placa dos 40K, Que alegria. Mais água, força e esperança de chegar e quem que eu vejo presa no congestionamento??? A Cil!!! Tirou mais algumas fotos de dentro do carro, o guarda de trânsito brigou com ela, foi aquele rolo!! Huhauhuihaha!! Me animei pra última subida, sabendo que ela estava bem – e seca - e entrei na reta final. Aí vem força sei lá de onde!!! Fui com tudo. A chuva espantou a turma da arquibancada, mas a minha fã estava lá!! Pausa para homenagear o Antonio Nunes na linha de chegada e corri pro abraço. Agradeci a Deus, senti vontade de chorar, mas não tinha mais lágrimas – o líquido do meu corpo havia ficado todo na pista. Sei que esta sensação valeu todo o esforço, e apesar de ter furado os objetivos 1 e 2, terminei em 4:30h (não era o que eu queria, mas foi o que deu pra fazer mesmo), bem acima do esperado, mas sem cãibras, sem outras dores, a não ser meu pé direito e ombro, e com muita alegria por ter cruzado a linha de chegada. Realmente uma maratona é para quem tem estrada, rodagem, coragem, paciência, controle e persistência. Aprendi isso hoje e vou me aperfeiçoar muito. Valeu a lição. E o legal é que a partir de hoje, já tenho uma base para montar a estratégia e treinos para a próxima, que eu jurei no Km 30 não existiria mais!! Heheheheheheh, Mas é assim, o prazer de cruzar a linha de chegada, nos faz esquecer todas estas promessas bobas.
Agradeço de coração aos amigos que me apoiaram, torceram, incentivaram e estiveram ao meu lado (mesmo que virtualmente) nesta prova....
Que venha a próxima!!
Final de prova, um banhão, restaurante sem limite, coca e cama, até agora há pouco.
Que felicidade!!
Abração do mais novo blogueiro maratonista!!!

sábado, 21 de novembro de 2009

Minhas impressões sobre a Maratona de Curitiba - a primeira!

Hoje, ao acordar eu pensei... Bom, é só mais um dia, mais uma noite e amanhã, a esta hora (7:00 am), mais ou menos, estarei no aquecimento, preparação e tudo mais para minha primeira maratona. Quem já fez uma ou mais fala, apenas mais uma prova. Quem ainda não fez pensa – 42 Km, nossa, que loucura!!! Será que eu consigo? Ou – Como você consegue?

Nesta semana já encontrei pessoas que me admiraram, outras que louvaram a iniciativa, e outras que falaram para eu nem perder meu tempo...

Vai saber o que passa na cabeça do povo. Quem treina ou treinou, ou ainda faz algum tipo de esporte fica maravilhado, pede detalhes e até promete uma torcida no percurso...

Alguns amigos não conseguem entender o porquê destes 42K. Incluo aí um sujeito triatleta, que me deu um “puxão de orelha” dizendo que a maratona desgasta muito, e atribuindo uma certa inutilidade a este desgaste, direcionando o meu foco de esforço ao ciclismo. Mas o que seria do roxo se todos gostasse do amarelo?

Eu gosto do roxo do amarelo e de outra cor, talvez o azul esverdeado do mar!!! E estou gostando cada vez mais. E querem saber? Não to nem um pouco preocupado com o que pensa a turma do deixa disso!!! Penso em aproveitar a prova, cada cm, cada passo, cada subida, cada curva... Enfim, os 42,195Km. Todo mundo tem que fazer uma maratona, pelo menos para saber como é... Eu ouvi isso não sei aonde!!!

Mas vamos, em frente e adiante....

Fui pegar o Kit, uma camiseta (fraca), boné, toalhinha, sacola, chip e n de peito.

Vários amigos, abraços, fotos (depois posto), fui bem cedinho, mistura de vários sotaques, e o papo principal era distância e tempo. Distância que percorreu para chegar até nossa Capital, de carro, ônibus por avião!!! A maioria de busão mesmo, economizando e se desdobrando de todo jeito para poder contemplar a prova... Alguns que a vizinhança chegou a fazer vaquinha para pagar a despesa de viagem e inscrição!! Outros comentando sobre o tempo que pretendem fazer os 42, a ponte de safena de quando era sedentário, minha primeira, minha sexta, minha tal maratona... Parei de fumar há tanto tempo, e por aí vai... Que festa!!!

O tempo está nublado e a previsão para amanhã é de chuva, garoa, etc...

Melhor assim, né? Fresco.

Minha previsão da prova:

Boa: Abaixo de 4h

Ideal: 4h

Média: Acima de 4h.

Agora é aquela hora que começo a pensar: será? Será que treinei direito? Será que poderia ter treinado um pouco mais?? Será?? Bom, agora a solução é relaxar e curtir... O resultado é que irá dizer... Mas que aquela manhã em que fiquei um pouco mais na cama no dia chuvoso ou dia frio, terá um peso em minha consciência, terá!!! Heheheheheh

Brincadeiras a parte, me falaram para dividir a prova.

Em minha cabeça será assim:

Até o Km 10 – Resistir á tentação de aumentar o ritmo enquanto o corpo ainda se adapta ao compasso das passadas!!

Km 10 – Após a subida da Av 7 de Setembro, curtir a descida suave e longa que inicia-se na Praça do Japão!!! Aguardar a minha fiel companheira Cil na praça dos anjinhos (Chafariz do início da Silva Jardim) dando uma força e tirando algumas fotos.

Km 12 – Dar uma olhada para a loja em que trabalho, e curtir a folga do domingão!!! Uhuuuuuuuuuuuu!!! Não poderei lembrar que é uma SUBIDA longa e contínua!!!

Km 15 a 21 – Curtir as passadas na rápida centro-bairro, com algumas subidas leves e comemorar o meio da prova no terminal do Pinheirinho. Tomara que a Cilmara esteja lá novamente.

Km 21 a 30 – Curtir a paisagem, cuidar do passo e manter a concentração.

Km 30-31 – espantar o “urso” na descida da R Brasílio Itiberê – uma descida reta e constante, de leve, rua onde me perdi no meu primeiro dia de trabalho logo que cheguei em Curitiba.

Km 31-32 – uma subida perto da Metrosul e uma descida até a Francisco Nunes. Vai firme com gosto de 3/4 de prova.

Km 32 – 35 – Será um trajeto meio quebrado, com esquinas e com um pouco de asfalto irregular. Viaduto do Capanema, acredito que a última subida forte...Um teste para o psicológico x físico. Vamos torcer para quem ganhar??

Km 35-37 – Sentir o estado da máquina, continuar firme ou apressar o passo se estiver me sentindo bem. Mais esquinas e quebradas.

Km 37-40 – Círculo militar (descida leve), Passeio Público (subida leve) e estamos perto da querida Cândido de Abreu – nesta hora, a mais querida do mundo – respondo o porque: é a última esquina antes da reta final, onde poderemos avistar ao longe a linha de chegada!!! - Tomara que a Cil esteja lá de novo!!!

Depois é só correr para o abraço!!!

Fui para o jantar de massas!!!!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Mais notícias. Maratona de Curitiba 2009.

A 13ª edição da Maratona de Curitiba, neste domingo (22), será uma das provas mais competitivas da história da corrida. Estão inscritos 2.300 atletas. Neste ano, estão confirmadas as vindas dos vencedores de etapas anteriores e de quenianos e houve um número maior de inscritos.

"A previsão é que a prova seja mais disputada e há a possibilidade de quebra de recordes", diz o secretário municipal do Esporte e Lazer, Rudimar Fedrigo. As inscrições para a Maratona foram encerradas nesta segunda-feira (16). As inscrições para a caminhada serão feitas nos dias 20 e 21, na praça Oswaldo Cruz.

Atualmente, o recorde feminino da Maratona é de Marizete de Paula, com 2 horas 42 minutos e 26 segundos (2h42min26s), estabelecido em 2001. O recorde masculino é de 2004, de José Ferreira, com 2 horas 17 minutos e 57 segundos (2h17min57s). Para estimular a quebra de recorde, foi criado uma premiação especial de R$ 1 mil, além do prêmio de R$ 12 mil.

Está confirmada no pelotão de elite a presença dos quenianos Joshua Kiprugut Kemei, vencedor da etapa Curitiba da Corrida de Rua da Caixa, e Jacqueline Chebor, bicampeã da Maratona de Curitiba. Entre os brasileiros, estarão Adriano Bastos, Claudir Rodrigues e José Guttemberg, e a atleta Ilda Alves dos Santos. "Todos estiveram bem colocados em provas no Brasil neste ano", destaca Fedrigo.

O secretário considera que a organização e a premiação da Maratona são dois pontos que estão atraindo tantos atletas para a prova em Curitiba. "Para se ter uma ideia da procura, a Prefeitura teve que abrir mais 300 vagas nas corridas dos 10km, diante do grande número de inscritos". Vão correr neste ano 1.800 atletas.

"A Maratona de Curitiba é a que premia o maior número de atletas", lembra Fedrigo. Serão entregues R$ 132.940,00 aos atletas vencedores. A Prefeitura de Curitiba premiará cerca de 200 atletas, em 13 categorias masculinas e 12 categorias femininas. Não haverá premiação em dinheiro aos atletas da caminhada.

Cada um dos vencedores gerais da Maratona, das categorias masculina e feminina, receberá R$ 12 mil e troféu. Os segundos colocados, nas duas categorias, ganharão R$ 6 mil e os terceiros, R$ 4 mil, além de troféus. A Prefeitura de Curitiba premiará os vencedores gerais até a sexta colocação. Haverá premiações também por idade e para cadeirantes e atletas portadores de deficiência.

Trajeto

A Maratona passará por 23 bairros da cidade. O percurso da corrida é mais plano, o que deixa a prova mais rápida e competitiva. Para amenizar o desgaste dos atletas, a Maratona passará por um número maior de ruas arborizadas, diminuindo a incidência do sol sobre os corredores. As mudanças não afetarão os trajetos das corridas de 10 quilômetros e da caminhada de cinco quilômetros.

O secretário afirma que, para dar suporte aos atletas, a Prefeitura de Curitiba terá um profissional de apoio para cada três corredores. "Nenhuma maratona no Brasil tem o sistema de segurança e de apoio como a prova de Curitiba", afirma.
A Maratona mobilizará 650 guardas municipais, policiais militares e agentes de trânsito. Eles participarão da segurança e cuidarão do trânsito. Também haverá um grupo de 460 voluntários, entre eles grupos de escoteiros.

Sete postos e dois ambulatórios garantirão o atendimento médico aos atletas. A Prefeitura colocará no percurso das provas 10 médicos, 47 enfermeiros e auxiliares de enfermagem, 12 ambulâncias, três carros de apoio e um helicóptero de socorro. Três hospitais reservarão vagas para o atendimento de emergência."

Fonte: Página da SMEL.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Mais sobre a Maratona de Curitiba 2009.




Com prêmio de R$ 12.000,00 para os primeiros colocados (masculino e feminino), mais R$ 800,00 por categoria, e R$ 1.000,00 caso quebre o recorde da prova (2:17:57 masc e 2:42:26 fem.), o (a) corredor(a) que ficar em primeiro lugar neste final de semana, na Maratona de Curitiba 2009, que conta com sua 13° edição, não se queixará em nada quando comparamos esta prova á uma internacional. Nem em relação á premiação, nem a organização e muito menos ao percurso...
Antes Maratona Ecológica Internacional de Curitiba, hoje apenas Maratona de Curitiba, surgiu em 1997, e terá mais uma edição neste domingo, 22/11/09, com 2.300 participantes dispostos a correr 42,195Km – inclusive eu – que estréio no mundo das maratonas.
Há quatro anos o título de Internacional não é mais utilizado, e a prova ganhou uma corrida de 10K e uma caminhada de 5K, para incentivar os atletas que estão começando ou preferem uma distância menor. Corri os 10K em 2007 e 2008, sendo que meu melhor tempo ficou nos 46’ baixos.
Notamos que, apesar da premiação ser a mesma, o status de Internacional levou consigo a participação dos grandes nomes do esporte. Segundo a organização da prova, a mudança gerou economia “Atletas famosos cobram cachê, pagamento das despesas de viagem e hotel, encarecendo o custo da prova. Como corrida nacional, mantivemos as mesmas características da internacional e a premiação é a mesma que em outras maratonas” diz o coordenador técnico da prova – João Negrão.
O custo do evento ficou em R$ 500.000,00, rateado entre as secretarias da prefeitura e o patrocínio da Unimed!!

A previsão para domingo está assim: “Sol e aumento de nuvens de manhã. Pancadas de chuva à tarde e à noite, mínima de 20°, máxima de 31°C.” – Climatempo
Acredito que será uma boa prova, se o sol não aparecer, o dia não ficará tão lindo, mas sofreremos um pouco menos...
Estou programando uma boa alimentação e hidratação, sabendo que estes são os pilares de sustentação das minhas 4 horas programadas para finalização desta corrida... Sei que não é um tempo excepcional, mas é o que me fará muito feliz se completá-lo.
Agora, resta esperar e curtir bem o friozinho na barriga.... Na rua aqui da frente da loja, hoje começaram a instalar os cartazes do percurso da maratona... O clima já está se armando...
Mais uma vez, coloco-me ao dispor de algum amigo que precise de ajuda aqui em nossa cidade... Um forte abraço.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Quanto mais tecnologia melhor?? Ou seria ao contrário?

Amigos!!! Este tal de horário de verão está me judiando demais!! Calma, calma!! Já me acostumei aos horários, que antes havia reclamado. Porém, meu trabalho todo dia se alonga mais meia, ou até uma hora depois do combinado... Estou saindo perto das 20:00h, assim, até chegar em casa, se foi o dia.... E o que fazer??? Abandonar tudo e sair mais cedo? Não tem como. Trabalho com vendas e sou comissionado, infelizmente não posso deixar o cliente no pátio olhando um carro e sair correndo... Literalmente. Hoje recebi a notícia que a diretoria quer abri a loja aos domingos... Aí sim to perdido! Adeus longuinhos!!! Mas tenho fé amigos, e não vou me entregar... Vai ter que acontecer tudo do bom e do melhor, e tudo direitinho para que eu continue treinando certinho. Pensamento positivo sempre!!!
As vezes surge aquela dúvida... Será que vale a pena, trabalhar um pouco mais, ter grana e não ter tempo para treinar? Ou vale a pena treinar e não ter grana para a inscrição (nem tanto, né Tuco)?? Pqp!! Não quero e não gosto de ficar reclamando, mas que dá uma embaralhada na cabeça dá!!! Poderia haver um equilíbrio, né? Bem melhor. Acredito que como tudo na vida, o interessante é o equilíbrio!! Nada em excesso ou em falta faz bem... Vou tocar em frente...

Voltando ao título: há algum tempo atrás, para o treino ser bom, tinha que sair para correr com o Garmin 305, ou um outro frequencímetro, e o Ipod no ouvido... Isto me motivava!! Lia algum post ou entrevista e pensava, como conseguem correr sem música?? Adorava isso!! Não apoio e nem condeno, mas acho que, como tudo na vida, há uma fase que se sobrepõe a outra... E acredito que minha fase atual seja a de “desapego”!!! Heheheheheheh!!! Desapego aos bens materiais... Meu GPS (ritmo, FC, pace, velocidade, distância percorrida, parceiro virtual, etc, etc...) foi roubado (assalto relatado anteriormente), mas quando estávamos nos bons tempos, algum dia, e não foi um somente, apagava no meio do treino, ou então, na saída de casa, lembrava que não havia carregado sua bateria anteriormente... Diziam que funcionava 10 horas, mas raramente ele agüentava dois treinos!! Isso não poucas as vezes que ele ficava de birra e não dava bom contato com sua base de carregamento!!!
Nada muito grave, porém, o treino já começava atravessado, sem ser do jeito que eu desejava ou imaginava...
O mesmo falo do meu Ipod... As vezes, falta bateria no meio do treino e dá vontade de atirar longe!!! Talvez porque os treinos anteriores não eram “tão longos”- (menos Tuco, menos!!) Mas a última foi fatal.... Segui domingo para o meu longuinho pré maratona, e após ter trocado as baterias do frequencímetro, na certeza de que teria o registro do tempo e da minha freqüência cardíaca, dentro dos parâmetros normais de pressão e temperatura determinados pela ABNT – hehehehehe - não é que no meio do treino, o display se apagou? Perdi meu parceiro, meu tempo, minha freqüência!!! Depois, fiquei sabendo que há uma série do Polar que está com este defeito. Apaga com o calor. Encaminhei para a assistência, e com certeza vou correr minha primeira maratona com meu relógio de pulso e seu cronômetro super simples... Tão parceiro!! Nada, corre e pedala comigo. Nunca me incomoda e custou R$ 130,00... Pois é amigos, é assim mesmo!!! Como eu brincava há tempos atrás: “Simprinho igual painel de jipe” – painel de jipe só marca a velocidade e o nível de combustível – e não estraga nunca!!! Talvez seja esta a minha fase (sem discutir se é a certa ou errada) – a fase de sair correndo, sem rumo, sem medir o ritmo, sem procurar satélites, sem ouvir esta ou aquela música para dar mais força naquela subida!!! Simplesmente fazendo com que as batidas do tênis no chão se misturem com o compasso da respiração, com as batidas do meu coração, concentrado neste ritmo, fazendo com que eu conheça cada vez mais meu corpo, sabendo como, onde, quando e porquê eu posso forçar um pouco mais, ou devo segurar pois estou forçando demais... É como o piloto, que ouve o ronco do motor e sabe a hora de trocar de marcha, ou se há alguma coisa desregulada nele, sem precisar de relógios, bússolas, gps, termômetros, altímetros, conta-giros ou qualquer outro indicador... Somente eu, meu ouvido e meu motor... Afinados, afinando-se e misturando-se cada vez mais. Cúmplices e parceiro... Acima de tudo amigos... Um dia ainda saio correndo somente de shortão, descalço, sem camisa (com protetor solar, claro!!), só para sentir o sabor que tem!!! Só para curtir, pelo prazer, somente pelo prazer de correr!!!

Falando em prazer.... O friozinho na barriga com a proximidade dos 42K está aumentando... Mas é mais uma sensação a ser curtida e aproveitada...
Vamos em frente, devagar, e sempre!!
Abração

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Jantar de Massas - Maratona de Curitiba 2009


Grandes e estimados amigos correores, triatletas, leitores e todos os outros amigos que de uma forma ou de outra acompanham o nosso bloguinho.

Pensando em uma forma de reunir, conhecer e conversar com os amigos corredores que nos presentearão com sua honrada presença em nossa Maratona, do dia 22/11/09, e já que a prefeitura não promoveu algo parecido este ano, providenciei uma mesa, para aproximadamente 20 pessoas (podendo aumentar ou diminuir este número) no Restaurante Madalosso, que além da boa mesa, é um ponto turístico de Curitiba.

O jantar será no dia 21/11/09, sábado, acredito que seria uma boa idéia nos reunirmos pelas 19:30h, para nos encontrarmos, apresentarmos, tirarmos algumas fotos, batermos um bom papo e matarmos nossa fome (aceitamos sugestoes de horário).

O valor ficou fechado em R$ 25,00 por pessoa, com bebidas inclusas (refri e água)

Quem estiver a fim, poderá enviar um e-mail com o nome para o meu e-mail: djtuco@ymail.com
Um forte abraço e espero que este jantar seja um sucesso!!

Quanto aos treinos, esta semana foi supercomplicado, pois com o horário de verão, ao invés de sair e pegar um solzinho no treino, o meu trabalho se alonga, e saio em média uma hora mais tarde. Segunda, por exemplo, fui acabar minha corrida perto da 23:00h. Terça choveu, e ontem me atrasei novamente, enforcando treino. Natação abandonei esta semana e na próxima, dando ênfase ao ciclismo e corrida.
Fui conhecer o percurso da maratona domingo... Os últimos 15K serão acidentados e com algumas curvas, em relação aos kms iniciais, meio da prova e 3/4... Mas será uma prova muito legal. Uma descidona na R Brasílio Itiberê, onde poderemos recuperar as forças para o gás final.
Bom, estou ao dispor de todos para ajuda, dúvidas e o que mais precisarem.
Um abração!!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Batismo - A primeira prova de Triathlon - Copa Paraná - Triativa.

Felicidade, alegria, entusiasmo, sucesso, companheirismo, apoio e uma mistura de sentimentos especiais fez com que esta estréia fosse abençoada, tornando-se assim num dos dias mais especiais da minha vida.
Mas vamos por partes que quero dividir tudo isso com quem estiver a fim de ler:

  • PREPARAÇÃO:


A festa começa na semana do evento. Para alguns, mais uma prova, talvez como a última 10K que eu fiz, que não deixa de ser importante, conta com a presença de vários amigos, o clima de festa, porém, para mim, uma corrida normal, pois o costume faz com que o brilho da estréia, da primeira vez, vá se apagando com o decorrer do tempo. Mas para quem está começando, o início, a estréia, é uma mistura de excitação, curiosidade, programação, de nada pode dar errado, com um frio na barriga onde não sabe-se o que acontecerá exatamente... Para piorar um pouco, na sexta, pela manhã, ao levar as rodas da bike com a intenção de trocar os pneus meia vida por novos, esqueci as duas encostadas no pára-choque traseiro do carro, e na pressa de ir para o serviço, sei lá porque cargas d’água, esqueci completamente de sua presença ali, fora do carro, engatei a ré e fui.... Pqp!!! Aparentemente nenhum estrago, mas o pior de tudo foi descobrir que a roda dianteira da bike havia entortado somente na sexta á noite, quando coloquei-a no garfo para testar... Com os freios totalmente abertos, não rodava!!! Imaginem como eu (não) dormi esta noite... Sábado pela manhã, fui correndo resolver meu problema e (ufa!!!), nada grave, Aproveitei para um reaperto e lá fomos nós! Com a companhia de alguns amigos e da minha amada Cilmara, fomos á Guaratuba após o meu trabalho, na parte da tarde. Clima de alegria e festa, todo mundo muito feliz e contente!!!

Chegamos em Caiobá e depois de mais de uma hora na fila para a travessia do ferry-boat, conseguimos que um amigo pegasse nosso kit e voltamos para casa sem fazer a travessia, para jantarmos e dormirmos um pouco. Revisei o material da prova e os equipamentos umas quatro ou cinco vezes. Dormi muito pouco, e neste pouco que dormi, sonhava com a prova. Muito nervoso.Não comi muito no café, pois estava preocupado com a natação...
No domingo, acordamos cedo e fomos para Guaratuba (ficamos em Caiobá, cidade vizinha). Força total, energia e disposição. A maioria do pessoal que se seguia nesta direção tinha uma bike á tiracolo. Festa total, todo mundo animado e entusiasmado!

  • A PROVA

Chegamos com meia hora de folga aproximadamente, pegamos nossos kits (camiseta, pulseira – não tinha chip!!! – número da bike e touca de natação – de uma prova anterior (desafrio), mas tudo bem, nada iria estragar a festa!!), fomos para a pintura dos números, colocamos as bikes em seus lugares e segui aquecer um pouco. O tempo fechou e começou a garoar...Na areia, encontrei um amigo blogueiro, o Fábio (abaixo), muito gente boa e também mais um amigo que faz parte da minha assessoria, o Maurício. Nos apresentamos e fui aquecer.

Entrei no mar a fim dar algumas braçadas e sentir o clima. A primeira bóia (eram três, em forma de U) me parecia muito distante. Comecei a ficar com medo. Quando atravessei a arrebentação, parei um pouco... Sem dar pé, sem ver nada embaixo d’água além do alcance do meu braço, meu medo aumentou, talvez pelo trauma de quase me afogar há algum tempo atrás, quando um amigo e eu fomos atravessar de um canto para outro em uma praia de Sc. Que sentimento xarope. Voltei, meio ressabiado, com medo de não conseguir finalizar os 750m. Rezei um pouco. A Cil, vendo minha cara de preocupação me confortou. Fiquei mais firme. O meu maior medo era a natação, pois na bike e na corrida, já tinha certeza de que pelo menos eu completaria a distância proposta.

A turma se alinhou para a largada e eu fui para o canto, seguindo o conselho dos meus amigos blogueiros mais experientes (Sica e Rui – Iron Shark). Largamos, deixei a turma de lado e fui fazer minha natação. Engraçado como que durante o aquecimento senti a água fria e depois, na largada, não senti nada. Fui controlando as braçadas, a respiração, as pernas e vizualizando a primeira bóia. Passei a primeira, passei a segunda, algumas pernadas nos outros, algumas braçadas em mim, vai mais pra lá, empurra, nada um pouco mais pra cá, e tudo se acerta. Foi quando pensei, bom, na segunda bóia, estou mais ou menos na metade da distância... Apertei um pouco mais a braçada, pois estava inteirão e a respiração bem tranqüila. Rendeu, mais que o esperado. Meu melhor tempo na piscina era 15:45”, finalizei a natação em 14:40”. Fui para a transição, levei a sapatilha na mão, correndo descalço, calcei-a na faixa do “monte” e fui pro pedal. Foi muito melhor que a do Duathlon.

Tentei manter o giro acima de 85rpm, de preferência nos 90, perto de 35/36 Km/h. porém, devido aos cotovelos e curvas, não foi fácil. Primeira curva, depois de uns 500m aproximadamente, a turma do primeiro pelotão, derrapa no asfalto úmido e causa um acidente horrível. Teve um atleta que foi para o hospital, outra que teve que ser atendida pela ambulância ali mesmo. Pensei comigo, vou ter que cuidar um pouco mais na nos retornos e curvas. Como eram quatro voltas de 5K, haviam muitas curvas e retornos.

Mais alguns Kms e um atleta que queria me ultrapassar, caiu no retorno. Um pouco a frente meu amigo Jader cai sozinho. Sorte que parou de garoar. Eu quase parava nos retornos, contornava e acelerava o que dava. Muita gente na rua, torcida... Aquela festa. Evitei os pelotões e não deixei ninguém colar em mim. Finalizei em 40:40”. com a transição incluída.. No relógio da bike, minha média ficou em 29,8 km/h. Nova transição, consegui tirar a sapatilha em cima da bike (parece fácil, mas não é tanto – quase enrosquei o fecho na coroa maior), cheguei na área de desmonte a saí correndo. Me senti muito melhor que no dia do Duathlon. Saí correndo (eram 3 voltas) e peguei carona com meu amigo, o prof. Jader, que já vinha em sua segunda volta, num bom ritmo. Tentei acompanhá-lo, mas meu pé voltou a dar sinais que tive uma fasceíte há três meses atrás. Que lembrança triste!!! Tive que diminuir... Cada volta a minha torcida particular me incentivava mais. Que festa. Na segunda volta, senti que o pé deu uma melhorada e acelerei um pouco. Deu até para dar um sprintzinho depois dos gritos do meu amigo Aaram... Fechei os 5K em 23:40 aproximadamente (com a transição junto)... Pensei que ia chorar na chegada, de tanta emoção, mas nem deu tempo!!! Só deu tempo para curtir aquele momento especial, o meu batismo, a primeira medalha de triathlon... I N E S Q U E C Í V E L !!!!! Que sensação gostosa, que momento mágico. Deu certo!!! Fechei em 1:19:01”



Sei que não é uma prova longa, ou um objetivo inatingível, porém, foi suado, literalmente para ser realizado. Foram muitos treinos, encaixes de horários, economias para compra de equipamentos, disciplina e quantas vezes, a válvula de escape para o stress diário, e ainda mais - uma forma de mostrar que eu poderia, provando para mim mesmo que era possível. Para os meus objetivos programados, foi uma antecipação de um sonho que seria realizado no ano de 2010. Agora posso me preparar melhor, treinar mais, fazer novos amigos, dividir novas experiências!!!
Só tenho que agradecer a todos que me apoiaram na busca deste sonho. À minha linda Cilmara, que sempre me aturou e apoiou e à todos meus treinos e manias. E à Deus, por me conceder esta experiência maravilhosa...
Agora, foco na Maratona 2009.
Abração e obrigado, de coração, á todos que me ajudaram.

TC PROJETO TRIATHLON© Por Fabiano Tuco. Visite também o Correndo na Chuva.

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